quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A arvore...

Arvore nua... resistente à passagem dos anos que teimam em tomar-te
Enterras como só tu sabes as raízes bem fundas ... ancoras vivas
Impossível passar no teu porte altivo e não deter o tempo a contemplar-te
Na tua existência de semente parida... soltos estão os clamores das poesias altivas

No teu tronco nobre guardas as tuas idades em aros de histórias
Cofre de ti que o teu tesouro envolve na seiva da vida que te alça
És livro por ler ... guardiã dos tempos idos gravados em memórias
Sentes a brisa passar por ti...fazer-te dançar comigo a ultima valsa

Olhas em redor e só encontras os meus olhos... as tuas irmãs tombaram
E ainda assim, teimas em aguentar... em não te dobrar nem pedir clemência
Na pele enrugada tens gravadas as marcas dos que na tua sombra se amaram
Arvore gasta... mas de semblante ditoso por nunca ter perdido a sua inocência!!!

Hoje a chuva cai sobre ti… em ti lágrimas de vida saudade
Hoje choramos juntos … tu a natura e eu a humanidade

Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

5 comentários:

Maria Oliveira disse...

Lindo...

DarkViolet disse...

Quando os galhos tocam a nudez e com a chuva dançam as gotas da Alma, pouco fica a dizer

Paula Raposo disse...

As árvores têm longas histórias para contar...beijos.

Carla disse...

As árvores criam raízes...

bj

Anónimo disse...

As arvores muitas vezes conseguem acompanhar gerações de uma familia e são elas que guardam os maiores segredos das pessoas a troco de um simples olhar cumplice...

beijo