sexta-feira, 19 de março de 2010

Meu Pai...

(meu pai no dia da apresentação do meu livro a 28 de Março de 2009)


Trago-te no sangue... herdei as tuas memórias
Alimentei-me, cresci nas tuas histórias
Transfiguro-me no espelho em que me olho e te vejo
Emociono-me nos gestos que não estudei, mas me revejo
Cada ruga do teu rosto uma pagina... uma lição de vida
Cada olhar teu dá-me um caminho ... uma saida
És homem herói que me dá forças... de mim não sai
Obrigado pelo que sou... obrigado a ti... meu Pai

Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

terça-feira, 16 de março de 2010

Perdido...


Sinto-me perdido
Perdido num espaço que não encontro
Naquele pensamento que mantenho escondido
Perdido de mim, em mim, neste meu desencontro

Como encontrar-me se perdi o mapa ?
Se perdi aquele sentido... meu abrigo... minha capa
Vagueio pelo caminhos do nada frio
Corro pelas estradas unas pelo vazio.

Sinto-me perdido sim...
Numa vida com dois pontos bem marcados em mim
Um já sabido de princípio, outro a adivinhar de fim
História apagada que não escrevi, nem queria viver assim


Sou perdido sim
... na vontade de encontrar-me!!!

Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

quinta-feira, 11 de março de 2010

Porquê? Para quê?

Lamento os caminhos que chegam ao fim, quando as pernas ainda estavam dispostas a continuar.
Os rostos que passam e se tornam cópias disformes, sem a força (de)vida no olhar
Poderá ser a força de um destino já escrito sob a forma de dor em castigo existencial
Os sorrisos que se perderam nas promessas de quem nada tinha afinal
Quebrados os sonhos nas partículas dos pesadelos que me abraçam nas noite frias
Impressões digitais de solidão que queimo e liberto em fumo companheiro das horas vazias

Porquê? Para quê?

Que desígnios nos marcam...assolam... em(balam)
Nos arrastam por estas correntes de rios invisíveis... nos calam
Ficámos sem margens para atracar a nossa velha barca
Sem costa para ver o farol ... uma luz que nos sirva de guia... marca
As respostas às perguntas tímidas... envergonhadas pelas aparências
ficam fechadas nas entranhas das falsas decências
Manadas de gado prontas para abate... nada fazem... nada reclamam apenas existem
Sorriem com desdém para aqueles que não tombam... não desistem


Porquê? Para quê?

Eu não sei. Se alguém souber a resposta . . .

Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

quarta-feira, 3 de março de 2010

É amor...

Queres mas não lhe podes chegar
Desejas mas não lhe podes tocar
Almejas mas não consegues adivinhar
Procuras mas não consegues encontrar

Que sentir é esse que te abraça?
Que te enterra ou te enche de graça
Força intemporal que a tua vontade laça
Puro néctar... puro veneno... servido em fina taça

Que necessidade é esta própria do teu sentir
Carência de vida... dum futuro a advir?
Tomas o incerto como certo... uma soma a subtrair
Temor que a chegada na curva se torne partir

Que loucura é esta que te dá cor?
Que te castra ou te torna domador...
Que te arrasta por sorrisos ou te mata de dor
É um sentir a vida num segundo, é um segredo em gritos... é amor!!!

Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix