quinta-feira, 11 de março de 2010

Porquê? Para quê?

Lamento os caminhos que chegam ao fim, quando as pernas ainda estavam dispostas a continuar.
Os rostos que passam e se tornam cópias disformes, sem a força (de)vida no olhar
Poderá ser a força de um destino já escrito sob a forma de dor em castigo existencial
Os sorrisos que se perderam nas promessas de quem nada tinha afinal
Quebrados os sonhos nas partículas dos pesadelos que me abraçam nas noite frias
Impressões digitais de solidão que queimo e liberto em fumo companheiro das horas vazias

Porquê? Para quê?

Que desígnios nos marcam...assolam... em(balam)
Nos arrastam por estas correntes de rios invisíveis... nos calam
Ficámos sem margens para atracar a nossa velha barca
Sem costa para ver o farol ... uma luz que nos sirva de guia... marca
As respostas às perguntas tímidas... envergonhadas pelas aparências
ficam fechadas nas entranhas das falsas decências
Manadas de gado prontas para abate... nada fazem... nada reclamam apenas existem
Sorriem com desdém para aqueles que não tombam... não desistem


Porquê? Para quê?

Eu não sei. Se alguém souber a resposta . . .

Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

1 comentário:

Anónimo disse...

No desdém contido em cada sorriso dos outros encontramos com toda a certeza a força necessária para novamente avançar, persistindo nesta na diferença, sim essa diferença, tu sabes porque és ser único, repleto de luz, de amor, de imaginação...Bj (Fénix Renascida)