sexta-feira, 17 de abril de 2009

Nas tuas margens...

Brotei lá no cimo da montanha
Abri caminho por entre a fria natura
Nasci Rio e a ninguém de ninguém estranha
Esta minha corrente jornada... corrente futura
Desejo torna-te o meu rego... meu leito
Manter-me prisioneiro nas tuas margens
Rodopiar, avançar, desdobrar-me, remoinhar no teu peito
Cruzar nas tuas pontes... passagens
Sentir o toque das tuas pedras em mim a rolar
Afagos que me agitam... me alçam a voz
Nesta ânsia desmedida de chegar ao teu mar
Minha meta...meu final...minha foz
A ti e só a ti... sussurrar-te baixinho...és Vida !!!

Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

Ps: Bom fim-de-semana amigos

5 comentários:

António Silva disse...

Forte mensagem!
Rio que corre para o desejo!

Anónimo disse...

Bom fim-de-semana! Que este rio continue correndo!

Abraço

Maria Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
continuando assim... disse...

cruzar nas tuas pontes...


muito bom como sempre :)

Céu_p disse...

Na incerta certeza de não me encontrar, chamo-te a ti ave renascida para me alumiares o caminho, no meio da tempestade levas-me nos teus membros alados possuído pelo desejo, pelo ardente anseio metáfora da criação.
És a cinza que queima a noite de lua cheia, o vigor do teu canto desafia o próprio Orfeu, rebelde como transmites, altivo do teu pedestal, senhor dos céus…oh pássaro, vã cobiça.
Grande, gigante pela chama, eterno no sonho, ironia de um destino, mudo e sereno que de sereno ficou esquecido nos lances da fortuna, de uma glória almejada e requestada - oh grande ave sedenta do infinito, Ícaro em queda espiral, vermes mesquinhos e roedores afugentados pelo caminho da vida, Fénix, “Se te imito nos transes da Ventura, Não te imito nos dons da Natureza”

Um beijinho.