segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A SMS (Atenção + 18 anos)


Preso no trânsito caótico da grande Lisboa, sinto o trepidar do meu telemóvel no bolso, penso “bolas mais um problema para resolver” ...
Cansado, suado, aborrecido por um dia repleto de situações inesperadas que urgiam resolução meto a mão ao bolso e leio um anónimo “desejo”.
Que raio de onde terá vindo esta mensagem. Sorri e pensei “algum engano com toda a certeza”...
Os minutos foram passando e sinto nova vibração, desta vez fui com mais determinação, curiosidade e leio naquele pequeno visor luminoso “ardo”. Fiquei intrigado, nasceu em mim um nervoso miudinho a que não estou habituado... uma vez engano, duas vezes demasiado engano para o meu cepticismo.
Aquela fila interminável de carros não me dava tréguas. Eu que já tinha o cérebro a funcionar como um autêntico processador analisando variáveis e possibilidades, fazendo exclusões e inclusões, quem seria que me estava a espicaçar desta forma?
Só já pensava em sair dali de qualquer maneira. Não sabia bem para onde mas tinha de sair dali... Nova vibração e “escorro por ti”. Nesse momento, já nem conseguia muito bem o que fazer, apenas queria sair daquela massa de carruagens de lata às cores...
Finalmente um sinal, começámos a rodar, lentamente mas a rodar, ligo o rádio e tento distrair os sentidos entumecidos pela curiosidade e pelo desejo do desconhecido. Chego a casa e sinto no ar um aroma estranho, algo doce, algo oriental... mas desvalorizo. Falo para os meus botões “a mulher-a-dias tem bom gosto”, no momento em que releio as 3 sms, que sufoco não saber de quem poderiam ser...
Vou até ao quarto de banho e deixo a água lamber a minha pele, abrir-me os poros ... desejo que a minha pele respire, de caras para a parede sinto que os meus músculos vão cedendo ao calor convidativo daquele liquido divino.
Caio na cama ainda com algumas gotículas de água que escaparam à toalha e os meus olhos tombam ao peso daquele dia tão fora do comum... adormeço a pensar de quem poderiam ser as sms...
De repente sinto calor a entrar em mim, calor não! ... É desejo mesmo, o meu pénis ganha vida própria, calor húmido, um toque suave mas intenso...muito intenso, desejo abrir os olhos mas temo terminar com esta sensação que me varre o corpo...
Armo-me de coragem e entreabro apenas um olho ligeiramente, assim naquele impulso “se for sonho pode ser que se repita”, mas não, não era sonho, tinha uma mulher ajoelhada na minha beira engolindo o meu pénis todo, que sofreguidão, que desejo não lhe conseguia vislumbrar o rosto mas isso agora também pouco importava, que prazer tão intenso...
Senti as veias a latejar a cada chupão... arrepio a cada passagem naquela garganta ... a cada passagem de língua que remoinhava na minha cabeça a babar-se de tanta excitação... uma felação do outro mundo ... húmido, quente ... com aperto certo... no ritmo perfeito...
Pego instintivamente naquela cabeça, que não parava em movimentos ascendentes e descendes ... surpresa! Era a mulher-a-dias, decidiu dar uma arrumação no meu corpo, no meu sentir...
Se excitado estava mais excitado fiquei ... afinal de contas já tinha passado algumas vezes pelos meus toques “mano a mano”... digo -Anda roda o teu corpo, quero beber da tua vagina, tenho sede de ti...
Num abrir e fechar de olhos tinha sobre mim uma cascata de seiva que corria fio por fio e me lubrificava os lábios ... aroma a sexo puro e duro... sacio-me... a minha língua passa revista desde o ânus até ao clítoris, primeiro lento ... prolongando o toque, depois rápido e mais rápido até que aquela seiva translúcida toma uma cor esbranquiçada ... que 69 perfeito...
Gemo de prazer ... grito de prazer ... tenho de a travar ou não consigo manter mais o meu esperma no seu reduto, digo-lhe beija-me quero a minha língua na tua boca quero dar-te a provar o teu sabor e quero receber o meu... num rodopio desenfreado de línguas ... no tempo em que aqueles seios em pontas convidavam os meus lábios a degusta-los...
Que sensação maravilhosa, seios desenhados com traços de perfeição, rijos na densidade perfeita, a oferecer resistência a cada investida da minha boca faminta, sem abrir a boca monta em mim, pega no meu pénis duro e introduz lentamente, cm a cm na sua vagina crescida de tanto prazer... solta um gemido mudo... e começa.... começa a mover-se como se aquela posição fosse algo desde sempre ensaiado pelos nossos dois corpos... digo-lhe monta-me, rebenta com o meu pénis... mas parecia querer prolongar o momento e não me deu ouvidos... introduzo um dedo na sua boca para que ela o chupe...”toma enche de saliva”...
Assim que o senti completamente repleto de saliva introduzo-lhe o dedo no ânus, que reacção, parecia que o demónio lhe tinha entrado no corpo, contorção de prazer em toda a linha, molhou um dela e introduziu junto ao meu... dois dedos de duas mãos no mesmo ânus... enquanto o meu pénis trabalhava aquela vagina que parecia uma mão de seda ... com contracções que me levavam à loucura....
Olha-me com um olhar brilhante para mim, cada olho parecia um diamante finamente lapidado na penumbra daquele quarto. Retira o meu dedo, retira o dedo dela e num movimento de ancas impressionante aloja o meu pénis naquele ânus apertadinho e quente....
Monta em mim como uma louca jogando as crinas para trás, rápido... muito rápido tão rápido que já não consigo controlar .... começamos a gemer .... a criar uma melodia de prazer... quero aguentar mais um pouco, mas não consigo .... é forte demais ... é quente demais tenho de me deixar vir....ao tempo que me monta toca com a mão direita na sua vagina, fricciona-a cada vez com mais intensidade .... tanta que sentimos os dois corpos num espasmo conjunto abraçar-se .... soltei tudo de mim dentro daquele leito de prazer....
Quase perdemos os sentidos .... o suor brotava por todos e cada um dos nossos poros .... gotículas impregnadas de sexo...
Ela levantou-se ... olhou-me nos olhos... virou costas... e saiu. Senti a porta da rua fechar-se, durante todo o tempo desta loucura não lhe ouvi nem uma palavra... Pensei em levantar-me e ir atrás dela. No momento em que coloco um pé no chão... entra uma sms.
“hoje fodi-te eu, amanhã fodes-me tu”
Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

9 comentários:

Paula Raposo disse...

Wowowow!!!!
Gostei!!

Anónimo disse...

k bom te ver a voltar aos poucos...
Precisava de um "empregado domestico" polivalente, tens de me dar o contacto da agencia onde foste buscar a tua empregada :P
Beijo no tu

Carla disse...

Belo texto !!!

bj

Anónimo disse...

Orgasmos de hoje,
amanhã...logo se vê !


Hoje fui a pé á barragem contando
Todas as árvores uma a uma...

Cheguei cansado, e sentei-me
A descansar na primeira pedra que
Encontrei junto ao lago.

Esperei que chovesse, e não aconteceu.

Mergulhei as mãos em ti.
Ergui, e molhei os meus olhos
castanhos com a tua água fria...
que caiu... na minha capa...
desta... para o chão... e aí se esvaiu.

Se me deres licença
... e o prazer de te acompanhar
Vou passeando um pouco a pé ...
pelas margens do teu airoso serpentear.

Pareces mais triste e mais frágil...
Em relação á ultima vez que te vi.

Porque estás tão magra e franzina?

Deixa ! Conheço a causa...
da tua secreta amargura... menina.

Não chores companheira...
hoje há a certeza
de continuar-mos em pé...
amanhã... logo se vê.

Anónimo disse...

Bela fotografia,fez a minha mente voar! O texto, picante, mas contrato-te para meu mordomo se concordares. Lol!
Bj (Fénix Renascida)

Anónimo disse...

Desconfortabilidades...

Luz é traição...
...a sombras que não param de gritar.

Quanto tempo isto vai durar?

Natal não é insensibilidade
... a vendavais de dor .

Nobel da paz glorificado
de corpos humanos destroçados?

É urgente.

Mudar o fogo, a febre,
... e a cor das balas.

É pérfido metralhar com luz
...o Natal de dramas.

Anónimo disse...

Confidências...

Hoje é sexta feira...
E acordei a rir.

Sonhei com a vida!

E sonhei que ria...
com cores de sonhos da inocência
De passados mortos.

Perguntei ao espelho...
porque se ria
desta face pálida
de juventude perdida?

E sorriu.

Sai desse prego que te pendura,
E vem ... vem sentar-te
Neste velho banco,
Á janela... desta velha janela.
E reflecte...
Reflecte a vida que já não viverei.
E ri.

Tudo em Pratos Limpos disse...

A vida é eterna se nós agarramos pelos colarinhos até que ela, cansada de nós, nos deixe. Deixar, um dos mais belos verbos da nossa língua!
Deixem-me ser feliz!
Deixem-me ser quem sou!
Deixem-me em paz!
Deixem-me viver depressa!

A PRESSA

Fui feito à pressa
Numa fria noite de Maio
- Ou seria Junho? -
Minha mãe
Crispou-se num desmaio
Cerrou o punho
E meu pai ejaculou depressa!
No céu a lua se apressava
No horizonte o sol já despontava
Rasteiro medrava o abrunho
O abrunho rasteiro medrava!
Ainda não tinha peito
Ainda não tinha geito
De mim não era que o rascunho
E já sonhava!

Logo que a luz se apagou
Pus-me logo a correr
Muito despressa a germinar
Muito depressa a crescer
Para o tempo não perder
O tempo não desperdiçar!
E quando Fevereiro chegou
- Logo no segundo dia -
Minha mãe me pariu
Minha mãe cortou
O cordão que nos unia
O cordão que nos uniu!
Ao longe um galo cantou!
Junto a mim meu pai me sorria
E o tempo logo começou
Na minha porta a bater
E sem perca de tempo
Pus-me logo a viver!

Mamei depressa
Dormi depressa
Chorei depressa
Depressa as fraldas sujei!
Abri os olhos depressa
Gesticulei depressa
Tudo aprendi depressa
Depressa de gatas andei!
Sorri depressa
Babei-me depressa
Balbuciei depressa
Depressa minha mãe adorei!
Comi depressa
Saí à pressa
Depressa te encontrei!
Depressa gostei de ti
Depressa te perdi
Depressa te chorei
Depressa te esqueci
Depressa tantos outros amei!

Depressa comi
Depressa bebi
Depressa dormi
Depressa acordei!
Depressa cresci
Depressa vivi
Depressa amei
Depressa sofri
Depressa tudo calei!

Depressa parti
Depressa cheguei
Depressa tudo vi
Depressa tudo mudei
Depressa regressei
Depressa me encontrei
Aqui
Aqui onde agora aguardo
A morte que se apressasse
E assim morresse depressa
Antes que a morte chegasse!


Rogério do Carmo
Agadir (Morrocos) 19/9/1989

Anónimo disse...

lol...que cena ehehehe

venham mais mulher-a-dias :)
Bom texto.

Beijinho