quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vento...

Vento que não te vejo, mas me tocas a face
Que na tua invisibilidade estás presente
Vento sopro de tudo, que em tudo nasce
Força tua que em mim se sente...
Anda vem hoje tocar-me as asas de fogo...
alça-as rumo ao céu vestido de manto escuro
Faz com que brilhem como nunca o fizeram
Torna-me bola de fogo no infinito em que perduro
Alma eterna em corpo findo que outros devoraram...comeram
Restarão os ossos polidos ... armação não viva de mim
Vem vento... vem com toda a força da tua essência
Vem vento... solta-me das amarras...grilhetas de puas
Liberta para sempre estas mãos nuas...
Faz delas as tuas...
Quero voar contigo nas asas da inocência
E sentir a paz ... a paz da minha ausência...


Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

4 comentários:

Paula Raposo disse...

Gosto da imagem e das palavras...beijos.

Maria Oliveira disse...

O clamor do vento

Escutem o vento!
O bater de portas e janelas
Os sibilos da revolta
De quem quer sair da masmorra de mutismo
Sintam-no passar ao lado
Provocar um arrepio de frio
Estilhaçar vidros e janelas
Lançar cabelos ao vento
Derrubar árvores
Qual sopro gelado que nos rodeia e agoniza

Quero abraçar o vento!
Segui-lo até à Serra mais inóspita
Flutuar com ele e transformar-me
Em vórtices de invisibilidade.
Porque o mundo já nada me diz
Porque destruí as pontes em endiabrados
Momentos de tormento

Quero amar o vento!
Porque os silêncios são feitos de lutas
Travadas em campos sombrios,
Em que conscientemente me arrogo
Beligerante num eterno insulamento
Bem gostava de ser a pomba branca anunciadora da paz,
Mas sou apenas a ave ferida em delírio
Que teimosamente sobrevoa pela última vez,
Quem sabe, o seu último retiro!

(Neste momento... especialmente para ti... abraço de amizade)

Anónimo disse...

O vento é daqueles fenomenos da natureza amado por uns e odiado por outros, como todos os fenomenos da natureza.
Nada como um dia de vento para por um campo em estado de sitio ou uma brisa suave num dia de calor para nos fazer sentir bem.
Se é vento que pedes é porque precisas de uma mudança. Ofereço-te uma brisa que te traga essa mudança mas que venha suavemente sem fazer muitos estragos...
Beijinho
Isa

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Um belo poema a "soprar" com muita intensidade onde o vento é uma força e um chamamento à mudança.

Bons ventos

MV