quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Respostas...


Formulo as perguntas... esqueço as respostas
Dor insolente da minha alma encoberta
Conheço todos os passos que me pesam nas costas
Na memória sentida que a Lua no Sol desperta
Dança de sentires primitivos em nós tangíveis...
Que se tocam... amam ... cruzam impossíveis...
Nos círculos perfeitos na linha recta da vida dura
Esboços gravados numa tela de imagem futura
Soltam-se os momentos presos pelas correntes oxidadas...
Escorrem lentas as pérolas de cristal no meu rosto salgadas
Fascínio conciso num tempo sem tempo preciso ...
No grito que ao mar jogaste... um sinal ... meu aviso
Abro os olhos ... ergo a pálpebras ao acaso
Vislumbro a luminosidade da minha penumbra ocaso
Reformulo as perguntas ... encontro as respostas!!!


Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

9 comentários:

Dois Rios disse...

Lindo! As respostas encontradas advêm da "luminosidade da tua penumbra."

Beijo,
Inês

Apolónio disse...

Vocês não se cansam de lamber os virtuais afectos, uns aos outros?
Tanto falar da nossa pessoa, às tantas também enjoa.
A poesia pode ser algo mais viril, mais a ter com a vida, esta vida vivida que é a de todos nós.
Há, em certa poesia, um narcisismo dos sentimentos que desvenda impudicamente a nossa intimidade. A mim, incomoda-me que outros se desvendem até onde o pudor dá lugar ao exibicionismo. Mas isto sou eu a pensar. Talvez que entre uma certo modo de pensar e um certo modo de sentir exista tal incompatibilidade que já estamos a falar de mundos que não podem (ou não devem) coexistir.

As Chamas do Fénix disse...

Dois Rios...

As respostas encontradas nas perguntas que se perderam ... obrigado

Uma Grande Chama para ti... Beijos

As Chamas do Fénix disse...

Apolónio...

Toda a gente aqui é livre de expressar a sua opinião e de partilhá-la com que me lê, prova disso o facto do seu comentário se encontrar publicado e não ter sido rejeitado.
Mas gostaria de lhe transmitir alguns considerandos que julgo pertinentes... Poesia para mim não é mais do que a tentativa de colocar os nossos sentires sob a forma de palavras. Uns serão mais bem sucedidos que outros é certo, mas como estamos a falar basicamente de sentimentos, estes deverão ser naturalmente respeitados.
Ninguém é obrigado a gostar do que escrevo, tal como ninguém é obrigado a gostar de mim como pessoa, lamento que se sinta incomodado com a abertura de espírito que alguns de nós que escrevemos poesia apresentamos.
Para já vou continuar por aqui a lamber e a ser lambido no mundo dos afectos Reais, porque este mundo da net será virtual em muitos aspectos mas nos sentimentos, é tão real como a própria vida, os sentimentos antes de serem partilhados na tela de um qualquer computador já nasceram dentro de alguém bem real como eu ou como o Apolónio.

Uma grande Chama para ti... Abraço

Maria Oliveira disse...

Senhor Apolónio, li com atenção a crítica que faz aos supostos poetas do mundo virtual que formando um grupo, se lêem mutuamente e trocam experiências de alma.
O despudor na exposição de sentimentos, sejam eles mais "nobres" ou mais vulgares, faz parte da postura de qualquer artista que crie. Colocar limites na arte poética, literária, na pintura ou no cinema, seria concordar com a censura.
Respeito que existam mentalidades que ainda estando "fechadas" e programadas por uma cultura humana, da qual não se conseguem libertar, se sintam incomodadas com este tipo de postura, que é a abertura total à criação... Se a obra sai medíocre ou excelente, tal é secundário. O que aqui importa ressalvar é a defesa total na liberdade de criação e expressão.
Nem toda a obra de arte agrada a todos, embora ascenda à universalidade.
Existe a poesia de intervenção, a poesia de crítica social, mas também pode haver lugar para a poesia intimista, o amor, a desilusão, o desespero existencial.

O sentir e o pensar fazem parte do mesmo ser humano portanto de um mesmo mundo, como o lado racional e o sensível. Não poderá haver uma dualidade uma vez que coexistem ambos em nós.
Temos que aprender a distinguir entre algo que é exibicionismo e arte.
Se o objectivo é a exposição de nós pura e simplesmente, estará no primeiro caso, se o objectivo é comunicar uma mensagem, através de um acto criativo então isso chama-se ARTE.
Um abraço para o senhor Apolónio...
Outro para o Fénix

ag disse...

Excelente, excelente. Sorte a tua, assim, em conseguires encontrar as respostas. Mesmo reformuladas, rara vez lhes encontro resposta.
Gostei bastante, seguirei isto com tento!

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Uma pausa nas férias... e apenas de passagem para desejar aos meus amigos um óptimo fim de semana.

beijinho

Quim_Paralelo disse...

De paralelo em calçada de calçada de paralelos, por vezes descalça pelas pegadas dos transeuntes…meu Fénix. Pássaro feito de cinzas, de tanta cinza que os seus membros alados de frágeis levitam como velas de um navio, de um navio que ruma para um porto qualquer onde ninguém espera que chegue. Ave. Ave sem Maria, com pecado concebido, perdido pelos 7 de todos os mais mortais, onde a Gula pereceu de Inveja pela Avareza de preservar para si, e só para si uma Luxúria poética, mas que arte esta de calçar e andar descalço numa vida que secou e deixou esvair a sua ambrósia num Olimpo cheio de Deuses infestados de Ira para com o homem, que Vaidade a tua para ao sabor da pluma rabiscares o branco imaculado por entre o nó cego de alcançares a perfeição? Que posição não te consome a Preguiça e te permite continuar, mais desamparado, que Nicholas Cage em Las Vegas.
Fénix, Fénix…
Pássaro dos mil e um voos tal qual Bagdad, onde uma noite nasce após outra sem que um Sadam apareça, em seu lugar uma águia de cabeça branca consome tudo o que há de bom, deixas ao teu passo as rimas feitas sobre um joelho esfolado por peregrinações a uma Meca que rebentou com dinamite, a um muro onde já ninguém se lamenta.
Fénix por este estado de não saber bem o estado em que estado estás, “Sem causa juntamente choro e rio”.
Uma Chama For You.

As Chamas do Fénix disse...

Paula...

Uma grande Chama para ti... Beijos