domingo, 8 de março de 2009

Mulher...


Sopros, brisas clandestinas que me embriagam
Nas ausências impostas pela vida matreira.
Ares de vida em mim que me afagam …
Nas noites em que és nos meus sonhos a primeira!!!

As mãos que me descobrem sob os lençóis de cetim
As pernas que se cruzam… se amarram em frenesim
Os corpos que se fundem e confundem na cama…
Onde só entras tu mulher que pelo meu corpo clama!!!

Carne que se metamorfoseia em dura natureza
Que se eleva e descende no ritmo da incerteza
Ao tempo que o sentir se transmuta em certeza
Nos traços contemplativos da tua airosa beleza!!!

A luz da Lua que te ilumina … me fascina
O nó dos teus braços que me ata.
A força da tua sedução que me domina…
Na sinfonia dos sons deste prazer que nos mata!!!

Gemidos lacrimejantes de seiva… aroma a cio
Escorrem… deslizam por mim… britam o som do vazio
Neste momento de perdição dos sentidos já esvaídos
Onde tu e eu repousamos juntos… em deleite pelo prazer unidos!!!

Sonho de sonhos caído das minhas pálpebras vencidas
Mulher de mulheres caída das minhas paixões não esquecidas!!!

Beijos e abraços
Das Chamas do Fénix

4 comentários:

Fatima disse...

Como mulher quero deixar aqui um beijo, e um grande obrigado...Continuas a dar-nos excelentes poemas e com eles bons ensinamentos...Uma boa semana.

Bjo, terno em ti.

Fatima

Anónimo disse...

Volto apenas para lhe dizer que o poema com que responda a uma grande alarvidade, no final dos comentários no "Ó mê belo campomaiore", ilustra bem o que eu pretendera dizer no comentario que aí deixei: a sua expressão poética torna-se mais forte, impulsiva, gritante de autenticidade quando solta dos constrangimentos formais contra os quais nada tenho. Neste poemas formalmente mais estruturados, você atinge um lirismo de elevado mérito que eu também aprecio. Mas naquele poema que começa co o verso incompleto, porque apenas sugerido, "A luz da lua...", é a alma que incontida canta, rodopia e se eleva num cato-dança que envolve a plenitude dos sentidos. Aqui a poesia torna-se plena poruq sugere sensações, sons, movimentos que extravasam o limite das palavras. E essa é a essencia, a missão e o modo próprio da obra poética.
Mas note que não lhe estou a dizer que o pretendo convencer a só escrever de certo modo. De maneira nenhuma. apenas pretendi falar-lhe da vontade de ler também outras coisas que escrevesse em que a estrutura formal não impedisse uma total liberdade de expressão do sentir pleno da vida, num poema que fosse:
"Sentir puro...nobre
Veias salientes do meu ser"

Com os meus cumprimentos

Anónimo disse...

Reparo agora que publiquei sem revisão o meu comentário. Peço desculpa e corrijo:
1ª linha - responde e não responda;
4ª linha - comentário;
7ª linha - Nestes poemas
9ª linha - com o verso;
11ª linha - canto-dança;
13ª linha - Plena porque sugere;
14ª linha - essência;
18ª linha - Apenas;
Pronto, creio estar mais aceitável assim. Afinal, já há gente que chegue a assassinar a nossa língua e é preciso remar contra maré de bandalheira em que estamos a cair.

Gonçalo Rocha Santos disse...

Um abraço.
Passei para ler, contemplar, e dar os parabens pelo teu livro.

Excelente.

Um abraço
Gonçalo Rocha Santos

Nota: adicionei o teu endereço no meu blogue.